sábado, 24 de outubro de 2009

O Cristão e as Artes


Durante muitos anos, a igreja evangélica se posicionou incisivamente contra a participação de cristãos em todo e qualquer tipo de manifestação artística e cultural. Para o conservadorismo, a arte possuía o DNA do pecado. Além disso, ela representava um convite ao pensamento mundano. Dança, teatro, cinema e moda estavam entre as categorias mais desprezadas. As artes cênicas e dramáticas, desde a época da ferrenha oposição dos puritanos no século 16, foram associadas a falsidade, embriaguez, blasfêmia e imoralidade.

A dança e a moda, à vaidade, sedução e prostituição. O cristão era proibido de freqüentar salas de cinema, teatros, assistir a espetáculos e apresentações, muito menos fazer parte de elencos ou da produção de eventos direcionados ao público secular. Aquele que tivesse o sonho de representar artisticamente – caso quisesse permanecer no rol de membros da denominação – que reprimisse tal desejo ou vocação.A repressão cultural não parava por aí. Certos tipos de música, embora consideradas sacras, não eram permitidas no templo. Basicamente, o conteúdo das letras e a velocidade rítmica determinavam sua aprovação ou reprovação. Ritmos como rock, punk, samba, rap, tango, bossa nova, fox, entre outros, e instrumentos como guitarra, pandeiro, bateria etc., eram censurados pela liderança.

Alguns por lembrarem a rebeldia e o protesto, outros a lascívia e as religiões afro. Literatura que não tivesse aspecto moral ou espiritual não podia edificar o crente. Ficções e romances narravam situações mentirosas e, por isso, eram desaconselhadas no meio cristão. Arte, entretenimento e ociosidade formavam o triângulo perfeito para a instalação da “oficina de Satanás”. Este conservadorismo exacerbado se estendeu por décadas e influenciou significativamente na formação de gerações completamente alienadas da arte e da cultura, de maneira geral. Para Rogério Nascimento, pastor da igreja O Brasil para Cristo de Erechin (RS), “esta oposição teve seu início entre as comunidades evangélicas nórdicas, onde os crentes eram levados ao isolamento total de qualquer manifestação cultural, consideradas diabólicas. Depois, esta idéia se desenvolveu entre os puritanos da América e resultou nos círculos de santidade do final do século 19. A partir daí, ramificações surgidas desses movimentos trouxeram esta mentalidade às igrejas brasileiras, onde o fenômeno pastoral de controle total sobre a cabeça dos membros chegou ao extremo”.
A opressão à criatividade instaurou uma enorme escassez de desenvolvimento da arte contemporânea entre os evangélicos. Aqueles que insistiam, tentando colocar em prática seu talento, eram desestimulados. A igreja sufocava a arte. A partir dos anos 80, com o surgimento do neopentecostalismo, inicia-se entre as denominações mais liberais um processo de evolução. O tempo do obscurantismo cultural começa a ceder espaço. Freqüentar o teatro, ir ao circo, ao cinema etc. passa a ser liberado, embora sob fortes críticas dos tradicionais. Apesar do afrouxamento nos usos e costumes, a participação efetiva do cristão nas artes seculares ainda é tema polêmico.
De lá para cá, mais de 25 anos se passaram. Surgiram novas denominações, grupos de dança e shows gospel em casas de espetáculos e em superpalcos com muita luz e efeitos especiais. A igreja passou a reconhecer a importância sublime da arte como forma de expressão, porém continuou exigindo dos artistas a sacralização estética dos conteúdos, o que dá início a uma nova discussão.Músicos, compositores, dançarinos(as), cantores(as), dramaturgos, escritores, artistas cristãos, em geral, estão liberados para “criar”, desde que suas obras tenham cunho religioso, sejam utilizadas na igreja ou até fora dos templos, mas com finalidades explicitamente evangelísticas.

Generalizando, exceto raras exceções, a igreja não demonstra interesse em que seus artistas alcem livre vôo pelo mundo das artes seculares. Ela se orgulha em ver as obras de autores e artistas cristãos sendo reconhecidas pela população mundial, como Dostoievski, autor de Crime e Castigo, ou Tolkien, autor de O Senhor dos Anéis, entre outros consagrados. No entanto, não incentiva os atuais artistas cristãos que rompam a barreira da arte religiosa e mostrem ao mundo que é possível produzir arte relevante, apreciáveis por cristãos e não-cristãos, sem ser profanos e fúteis.

Por Oziel Alves - REVISTA ENFOQUE GOSPEL/ 31/08/2007.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Mais da Tua Presença!


Como é bom dançar na presença do Senhor, mas melhor ainda é dançar com Ele. Geralmente nos prendemos a coreografias, em atos pensados para O adorar. Mas é inesplicável quando acontece de maneira espiritual, quando sentimos o seu agir em nossos movimentos, sentimos algo surpreendente.

Foi o que aconteceu quando o pessoal do JOCUM ministrou neste domingo na nossa Igreja. Foi trementamente novo e extraordinário, posso dizer que eu O adorei com todo o meu ser, sem me preocupar com o que iria fazer em movimentos coreografados, somente deixando o Espírito me dirigir os passos. Que gratificante, pois foi um momento maravilhoso. Creio que a meninas que dançaram comigo naquela manhã também sentiram o aroma suave de Sua Presença nos envolvendo em uma tênue atmosféra de adoração, que por outro lado era forte o bastante para nos deixar absorta na adoração.

Obrigada Senhor por continuar o nos ensinar os movimentos que desejas!
Te Amo!!!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Testemunho de Ministério II

Quando fui a primeira vez no ensaio da dança, eu achei bem legal, mas quando se dança pela primeira vez é muito difícil, por que eu não sabia nada de dança, muito menos dançar.
Fazer coreografia é horrível, por que eu não sabia dar nenhum passo direito, mas é claro que ninguém nasce sabendo né. Aos poucos fui aprendendo com as gurias, elas eram bem calmas para ensinar e por isso aprendi a dançar. Mas eu creio que não estou ainda pronta, eu sempre deixo o Espírito me levar, é Ele quem dança comigo, por isso consigo dançar e fazer a obra de Deus.
Dançar não é apenas estar lá na frente fazendo coreografias, dançar é muito mais do que isso. Quando dançamos com a alma é o próprio Espírito de Deus que nos leva a dançar, é Ele que nos comanda, entende? Quero através da dança ganhar almas pra Jesus, porque nós precisamos ganhar almas, porque sem almas como vamos vencer o inimigo? ele quer tirá-las de nós, mas vamos ganhar muitas almas em nome de Jesus. Eu tenho um chamado e jamais vou me calar, eu sou mais que vencedora em crito Jesus!
Por Jenifer da Rosa Machado

domingo, 27 de setembro de 2009

Ministração no Sábado




Neste último sábado, nos reunimos para celebrar com muito louvor e adoração o nosso Rei Jesus, foi uma grande festa, teve teatro, coreografias e diversos ministérios de louvores. Tudo estava maravilhoso, a começar pela unção de Deus sobre nós.
Dançamos coreografias, espontânos e também dança profética, o Espírito Santo nos usou de uma maneira diferente e peculiar. Não estava todo o ministério, mas Deus nos honrou mesmo assim!
Interagimos com outras ministras de dança, que foram tremendamente usadas também.
Que haja muitos destes eventos assim, para celebrarmos o Nome do Senhor!


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Estudo sobre Dança Cristã

A DANÇA SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS
Desde muito tempo a dança é uma expressão cultural fortíssima, uma forma de expressar sentimentos profundos da alma humana. Ela tem poder de expressar emoções e também provocá-las, tanto em quem dança, como em quem a observa. Devido a esse fato deve surgir uma grande preocupação em nossos corações: "O que temos provocado no coração de Deus e nas pessoas que nos vêem?"

A DANÇA NA BÍBLIA E NA IGREJA
Na bíblia a dança sempre foi usada para expressar alegria e louvor ao Senhor pelos Seus grandes feitos. Era um ato espontâneo do coração, não tinha coreografia predeterminada. Era uma expressão genuína de prazer espiritual. A dança na igreja vem dos tempos antigos, os judeus, por exemplo, tinha uma pratica muito profunda na dança, cultivada até hoje dentro dos grupos tradicionais. Embora as suas danças não sejam mencionadas, elas eram usadas em quase todos os serviços de adoração de expressão comunitária, todas as expressões judaicas de dança tinham intuito religioso, então derrubamos o mito de que "dança não é de Deus".
No Salmo 149:3 e 150:4 vemos o convite para louvarmos ao Senhor com danças. Temos também os clássicos de adoração com danças em Êxodo 15:20 Miriã dançando por ter atravessado o Mar Vermelho e em I Samuel 18:6 Davi, segundo o coração de Deus dançou com todas as suas forças.
Podemos ver outras referências:
*Juízes 21:21 - As filhas de Siló saiam a dançar em rodas.
*Jeremias 31:13 - "Então a virgem se alegrará na dança, e também os mancebos e os velhos..."*Juízes 11:34 *Juízes 21:23 *I Crônicas 15:29 * Salmos 149:3 *Eclesiastes 3:4 *Jeremias 31:4 *Lucas 15:25
Durante algum tempo não se via dança na igreja, porém nesses últimos dias o Senhor vem cumprindo a Sua Palavra de Amós 9:11 - "Naquele dia levantarei o Tabernáculo caído de Davi". A dança como expressão de adoração tem sido levantada e restaurada. Porém existem bases que estão sendo esquecidas e que infelizmente não temos visto em muitas igrejas e púlpitos.
TÉCNICA OU UNÇÃO?
A dança no mundo é excelente em técnica, em coreografia, em roupa, em dedicação. Ela emociona, é perfeita, porém vazia. O mundo não pode concorrer conosco em dois aspectos: na Unção e na Glória de Deus. Por isso, é necessário que tenhamos uma vida cheia do Espírito Santo. A nossa dança não deve nunca causar comparação com a dança do mundo. O Senhor não aceita que o perdido entre na igreja e faça essa comparação. Por isso ela precisa superar em Restaurar e ganhar vidas. Quando um ímpio entra na igreja e nos vê dançando, ele tem que sentir o Espírito Santo fluindo em nós profeticamente, curando e sarando feridas. É essa dança que está no coração de Deus, Profética, cheia de Unção, cheia de Glória. Carregada do poder de Deus.
Não me entendam mal, não estou dizendo que a técnica não seja importante, porém quero que reflita nisso, onde na bíblia está escrito que Davi ou Miriã entraram em uma academia, ensaiaram e depois foram louvar ao Senhor? Eles dançavam pela alegria e pela força que Deus os dava. Deus está interessado em resgatar almas e Ele é o Dono dos nossos movimentos. Em Atos 17:28 está escrito "Porque nEle vivemos e nos movemos...". Ele é o Dono da criatividade. Experimente dançar espontaneamente ao Senhor, sem técnicas, tenho certeza que você nunca mais vai querer largar de Suas santas mãos!

A DANÇA QUE PROFETIZA MORTE
PRESTE ATENÇÃO NISSO! A sensualidade descrita em Marcos 6:22-24 é demonstrada através da filha de Herodias que dançou diante do rei . Aquela dança agradou de tal forma que ele ofereceu a ela até a metade do seu reino. A dança que mata foi a que ela dançou, cheia de sensualidade, gestos sem sentidos e falta de espiritualidade, profetizando morte! Aquela dança resultou na morte de um profeta (João Batista). Será que a dança na igreja não tem pedido as cabeças de seus profetas? A dança não tem nenhum valor se ela não profetiza Bênção, Restauração ou Cura.
O rei Herodes daria até a metade do seu reino por uma dança que mata. Porém Deus, não poupou Seu único filho para que fossemos feita Sua Igreja, Sua Noiva, para dançar e agradar o coração do Amado da nossa alma.
Então não perca mais tempo. Dance para Ele, Dance com Ele... Ouse dançar com Deus!
Escrito por: LILIANE SOARES SANTANA (Profeta da Dança da I.E.Q. de Sumaré/SP)
Que este estudo seja como renovo para o teu ministério!

domingo, 30 de agosto de 2009

Sábado dos Casais

Sábado aconteceu um encontro para casais na IEQ-Sertório para toda a região 1 de POA, estava tremendo, o Espírito Santo agiu grandemente em nosso meio, usando-nos para O adorar e O louvar.
Estes da foto são os nossos amados pastores Hamilton e Ilizete, que são muito usados por Deus e que são bênção em nossas vidas. Quem ministrou o louvor e a dança fomos nós da IEQ-Medianeira. O momento desta foto era lindo, pois a ministra de louvor Cristiane cantava um lindo hino de amor ao lado do seu esposo, assim como todos os outros casais também estavam ao lado de seus cônjuges, namorados ou noivos, enquanto eu dançava com muita alegria e amor, expressando todo o meu sentimento ao meu marido que se fazia presente bem na minha frente e que aliás tirou esta foto. Foi realmente muito lindo!!!
Que Deus abençoe todas as uniões!!!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Dance ao Senhor! (testemunho de ministério)


Não sei como explicar o que acontece quando estou dançando para o meu Senhor, só sei que é algo maravilhoso!

Lembro-me quando não era convertida eu dizia para minha mãe que o mais difícil para mim seria largar as minhas noitadas nas baladas de Porto Alegre e ela dizia: Mas em vez de tu dançar no mundo tu podes dançar para Deus. Porém eu não compreendia isso, o que seria dançar para Deus.
Quando visitava a igreja, sempre era algum evento, campanha ou culto especial, então minha mãe conseguia me arrastar para a igreja. Confesso que nunca me senti atraída quando via as apresentações de dança que vi, que foram poucas. Todavia, quando me converti, aceitei a Jesus de todo o meu coração, comecei a ver a dança cristã com outros olhos, mas só começou depois de um tempo, mais precisamente um ano e meio depois de aceitar Jesus e me batizar.
Antes de tudo, orei a Deus e pedi Sua direção e Deus me deu uma grande Resposta que está entitulada como a "Visão dos Glorificados" em algumas versões da Bíblia, em Apocalipse 7:9-17:


"Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos;
E clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro.
E todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais; e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus,
Dizendo: Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ação de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém.
E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e de onde vieram?
E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.
Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra.
Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles.
Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima."


Deus me resgatou de grande tribulação, lavou minhas vestes, branqueando-as no puro sangue do Senhor Jesus. Me deu uma nova vida em Cristo, me restaurou, me purificou e me perdoou, hoje nada me condena, porque eu pertenço ao Senhor, sou filha do Rei! Por isso me prostrarei diante d'Ele, redendo-me e servindo a Ele com alegria e obediência, pois Ele que está assentado em Seu trono sublime me cobre com Sua sombra e eu nunca tenho fome, nem sede, pelo contrário, Ele me apascenta e me guia para Suas fontes das águas da vida para me renovar a cada dia.
E sempre que me encontro triste, Ele limpa as minhas lágrimas e me apresenta um novo ensinamento.
Por isso eu danço em Sua presença com regozijo e alegria, pois sou grata por tudo que o meu Senhor me fez e continua fazendo. Quando estou dançando há uma força que me impulsiona, que me envolve, é como me fizesse deleitar nos nos braços do Senhor. Pretendo ganhar almas com a minha dança, quero ser usada para isso, quero que o doce Espírito dance através de mim, quero profetizar através da dança, quero chamar a atenção de Deus, quero muito que o meu Senhor se compraze em mim!

Quero continuar servindo ao Senhor com danças, com minha vida, porque nada se compara ao que Ele fez por mim!!!

Por Patricia B. Moura Santos (líder do Ministério de Dança Celebrai)

segunda-feira, 17 de agosto de 2009



Coreografia feita em homenagem ao Dia dos Pais!!!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A mais linda coreografia ~> Corpo de Cristo



Corpo de Cristo
Mãos do Redentor
Corpo de Cristo
Onde estão?
As marcas dos cravos
Onde estão?
Os pés que pisaram este chão
Deixando a glória

Corpo de Cristo
Olhos de perdão
Corpo de Cristo
Onde estão?
Os braços estendidos
Onde estão?
Os corações movidos por compaixão
Assim como Ele foi

Eu quero ver a Tua fé em obras
Me mostre, por favor
Onde estão os frutos e eu os comerei
Quero ver o Teu amor tão cantado
Teu discurso encantador sendo encarnado
Cristo em vós
(Diante do Trono)

É a coreografia mais marcante que eu já vi, ela expressa exatamente o que quer dizer. Acredito que nesta dança, Jesus fala abertamente conosco, o que Ele deseja do seu corpo, da sua amada noiva. Então, que Cristo esteja em nós!!!

"Se a igreja refletisse mais a luz que tem, o mundo não estaria nas trevas que está."
(Tommy Teney)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Dança na Igreja: A adoração é o princípio de tudo

São multidões em busca da salvação e os crentes sendo restaurados, vivendo uma nova vida em Cristo.

Um dos instrumentos desse avivamento é exatamente o louvor e a adoração e, assim, como a musica e o canto, a dança vem expressar a sede do coração do ser humano por mais de Deus. Nesse processo de busca por intimidade com o Pai, seu coração nos é revelado em canções e gestos que nos envolvem em Seu amor, cada vez que nos colocamos diante dEle em adoração. Em se tratando de evangelismo o primeiro sentimento e a primeira motivação, é exatamente a adoração, o estar apaixonado por Jesus. Desse sentimento é então gerado uma necessidade de declarar ao mundo esse amor e anunciar as boas novas àqueles que ainda não conhecem a Jesus. Como bem sabemos, a adoração não é um ato separado do corpo de uma pessoa.
Ainda que a vontade, a razão, a mente e o emocional de alguém possam ser considerados separadamente, estas são expressões que designam o ser humano por inteiro. Não somos incumbidos de amar a Deus por partes específicas de nossa personalidade, mas com todo o nosso ser. E nesse contexto o critério é o mesmo para a dança, seja no louvor, na adoração, no evangelismo ou em qualquer circunstância que envolva o nome de Jesus. Além disso, gostaria de reiterar que a dança no louvor, na adoração ou no evangelismo não é uma prática corporal por ela mesma, muito menos uma exibição artística ou um enfeite na liturgia ou nos impactos evangelísticos. Nela, a essência de total entrega do adorador se manifesta por uma espontaneidade responsiva, trazendo toda a congregação ou no caso do evangelismo o público, para momentos de júbilo, edificação, salvação, libertação, cura e restauração na presença de Deus. Louvamos a Deus com danças por causa da Sua santidade, da criação e da redenção do ser humano. Nessas circunstâncias, a dança expressa e intensifica o desfrutamento da presença de Deus e seu relacionamento conosco numa celebração a Ele e com Ele.
Não queremos ser bailarinas, bailarinos ou interpretes, mas adoradores; não realizamos apresentações, mas ministramos o louvor a Deus, o adoramos ou proclamamos sua Palavra, e em vez de palco para nós existe o púlpito, lugar de santidade e autoridade onde a Palavra é anunciada, no nosso caso, com a linguagem da dança. Nesse contexto, entendendo a dança como linguagem, seu processo criativo é uma possibilidade de arte inscrita no corpo, traduzida em metáforas do pensamento e realidade desse mesmo corpo. Realidade, pois é neste corpo que a dança se estrutura, se molda, conforma, transforma e disciplina quando ele se faz presente.
Portanto, um corpo, ao dançar, desenha no tempo e no espaço com seus gestos. São movimentos orquestrados pelo sensível e pelo inteligível do ser em deslocamento e pelas impulsões do movimento, gerando formas e (re)formas, em constantes transformações, tornando a dança uma realidade visível e dinâmica. A exemplo dos pintores, que usam as cores e as linhas para dar forma no plano pictórico, ou dos poetas, que se utilizam palavras para construir seus poemas, o bailarino e o coreógrafo utilizam-se dos gestos corporais para dar forma à dança. Assim, o gesto corporal dançante, parte da experiência humana, vem dialogando e participando da arquitetura da cultura corporal e do viver humano num espaço e num tempo histórico transitando de certa maneira entre as inúmeras oportunidades de movimentos, construindo, no contexto da Igreja, uma dança contemporânea santificada pelo vaso de honra que somos nós no louvor, na adoração e também no evangelismo.
Nesse caso, a dança não é um fim em si mesma. É um corpo transfigurando-se em formas que podem ter vários sentidos: fazer e operar; conceber e imaginar; construir e constituir; fundar, criar e preparar com o objetivo de primeiro adorar a Deus e depois, sob a orientação do Espírito Santo e em nome de Jesus, alcançar o coração dos homens através da salvação, da cura, da libertação, edificação e restauração de suas vidas. O Senhor tem nos direcionado em inúmeras ações em sua Igreja com uma visão muito clara sobre a dança e seu significado. Nesse sentido, tenho compartilhado nossas experiências através de artigos, estudos bíblicos e seminários anuais no intuito de divulgar a visão sobre a dança como uma linguagem possível para a Igreja seja no louvor, no evangelismo ou nas inúmeras possibilidades de ação ministerial cristã.
Por Isabel Coimbra - Líder do Ministério Mudança do Ministério Diante do Trono.